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quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Efeitos benéficos de "superalimentos"são mais marketing do que ciência (*)

Emagrecer, controlar o colesterol, melhorar a memória, diminuir o risco de doenças cardiovasculares e câncer. Parece lista de desejos de Ano-Novo, mas são algumas das funções atribuídas a "superalimentos" como frutas vermelhas, cacau, castanha-do-Pará, quinoa e os queridinhos da vez goji berry e chia.
Os dois últimos, especialmente, viraram panaceia em 2014. No Brasil, as pesquisas no Google por "goji berry", fruta do sul da Ásia, cresceram 10 vezes de março de 2013 a março de 2014, por exemplo.
A moda é embalada pelo marketing dos produtos, que por sua vez se alimenta de resultados de pesquisas. Mas, apesar dos estudos, os superpoderes desses alimentos estão longe de ser unanimidade.
"É mais criação do marketing do que da ciência", diz a nutricionista Manuela Dolinsky, professora da Universidade Federal Fluminense.
Para ela, o maior problema é a falta de evidências científicas. Muitos dos estudos são feitos em laboratório, com culturas de células. Também há pesquisas com animais, mas trabalhos em humanos são poucos e insuficientes.
"Basta ter um artigo comprovando um efeito in vitro que o resultado já é extrapolado para qualquer situação, sem comprovação", diz a nutricionista Ana Luísa Faller, professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Um exemplo é o açaí, fonte de antocianinas, pigmento avermelhado com ação antioxidante. Estudos com ratos já relacionaram o consumo da fruta com a prevenção de câncer, de danos cerebrais e com o controle do colesterol.
"Mas os estudos envolvem simulações. Ainda não se sabe qual é o efeito real no nosso organismo, onde e como os compostos agem", diz Daniela Souza Ferreira, engenheira de alimentos da Unicamp.

ANTIOXIDANTES
Nem tudo é exagero nas propriedades dos "superalimentos". De fato, açaí e outras frutas vermelhas são boas fontes de compostos bioativos, substâncias com diversas funções, mas popularizadas pelo poder antioxidante.
O organismo humano produz radicais livres o tempo todo. Quando há um desequilíbrio entre a produção e a "captura" de radicais livres, os elétrons a mais podem afetar as células, causando envelhecimento mais rápido e desenvolvimento de câncer e de outras doenças crônicas, de acordo com Faller.
"O problema é que não conseguimos mensurar quanto antioxidante a pessoa precisa ingerir para se livrar dos riscos", afirma.
Uma xícara de goji berry, por exemplo, seria pouco para conseguir o efeito proclamado pelos estudos, calcula o nutrólogo Durval Ribas Filho, presidente da Associação Brasileira de Nutrologia.
Também não se sabe até que ponto a forma de consumo interfere no efeito. No caso do açaí, a perda de nutrientes da fruta in natura para a versão em polpa congelada é muito grande, diz Dolinsky.
Além disso, afirma a especialista, é perfeitamente possível substituir "superalimentos" por versões nacionais, mais baratas. A jabuticaba e o morango, por exemplo, têm as mesmas propriedades das frutas vermelhas da moda.
A aveia é um bom substituto para a quinoa, porque também faz parte do grupo dos cereais, tem alta concentração de fibra solúvel e seu consumo é associado à redução dos lipídeos no sangue.
Por fim, a linhaça pode ser alternativa para a semente de chia. Ambas são ricas em ômega 3, e a linhaça é bem mais barata: 250 gramas de chia custam, em média, R$ 25, cinco vezes mais que a linhaça.
Para a nutricionista Ana Beatriz Baptistella, da VP Consultoria, a receita de uma alimentação rica continua sendo variar o cardápio, com alimentos de todas as cores.
"Não é preciso comer alimentos exóticos para ser saudável. Toda fruta e verdura têm vitaminas e antioxidantes. Não adianta comer chia e continuar indo ao fast food."

SAIBA MAIS SOBRE OS "SUPERALIMENTOS"

Chia
Semente fonte de aminoácidos e ômega 3 (gordura boa presente também na linhaça), que ajudam na prevenção de doenças cardiovasculares e da diabetes. Não há comprovação de que a chia ajude a perder peso. Tem citatos, que diminuem a absorção de minerais e vitaminas.

Freekeh
Grão do trigo colhido ainda verde e tostado. Segundo os fabricantes, tem mais fibras e antioxidantes que o trigo comum e contribui para o bom funcionamento do intestino, previne diabetes e promove a saciedade. Não há provas científicas dos benefícios, porém.

Quinoa
Cereal com ômega 3, gordura boa, e alta composição proteica. Alguns estudos, a maior parte feita em animais, mostram que ele ajuda na prevenção de diabetes e hipertensão. O cereal também é fonte de citatos, que podem diminuir a absorção de vitaminas e minerais.

Açaí
Rico em antocianinas, antioxidante que dá a cor roxa. Ajuda a prevenir doenças cardiovasculares e é fonte de vitaminas, minerais, carboidratos e proteína. A maioria dos estudos sobre os efeitos foram feitos com animais. A polpa congelada pode ser menos benéfica.

Cacau
Tem polifenóis, que reduzem o risco de aterosclerose e outras doenças cardiovasculares. O efeito é comprovado. Os benefícios estão no cacau: para o chocolate ser benéfico, precisa ser amargo (no mínimo 65% de cacau). Além disso, o cacau é um alimento calórico.

Frutas vermelhas
Ricas em flavonoides e ácido helágico, substâncias antioxidantes. Há estudos que relacionam o consumo do cranberry com melhorias de males do trato urinário e do mirtilo com aumento na memória, mas frutas nacionais como jabuticaba e amora têm o mesmo efeito.

Castanha-do-Pará
Rica em selênio, micronutriente antioxidante e que ajuda na cognição. Também é rica em gorduras monoinsaturadas, que ajudam contra o colesterol. Em altas quantidades, porém, o selênio causa efeitos adversos. Deve-se consumir só uma castanha por dia.

(*) Publicado na FOLHA DE SÃO PAULO em 31/12/2014
Redatora: JULIANA VINES / COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

“250 gramas de chia custam, em média, R$ 25, cinco vezes mais que a linhaça. “

AVEIA (flocos finos) –250g = R$ 2,00
CASTANHA DO PARÁ – 250g = R$ 10,00
CHIA ( sementes) – 250g = R$ 3,00
GOGI BERRY – 250g = R$ 22,50
LINHAÇA DOURADA (sementes) – 250g = R$ 2,50
QUINUA (flocos) – 250g = 11,25

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terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Angélica, uma raiz de muitos predicados.
Indicada principalmente para combater problemas digestivos, além de atuar como calmante natural. Seus princípios ativos são o felandreno, que tem função digestiva e espasmolítica, e a angelicina, que atua sobre o sistema nervoso. Por isso, a planta é excelente para tratar as dores de estômago, a azia e a má digestão. O chá também serve para pessoas que sofram com o estresse, a insônia e o nervosismo. Estudantes em época de provas podem se beneficiar com o efeito tranquilizante da erva.
Chá
Usar 20g de raízes de angélica para 1 litro de água. Ponha para ferver durante 15 minutos. Desligue, espere amornar e coe.
Beba uma xícara de chá três vezes ao dia.
Este chá é depurativo do sangue e diurético.
Contraindicações
É contraindicada para diabéticos.

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sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

QUALIDADE DE VIDA

Chia, linhaça e grão de bico ajudam a reduzir o colesterol ruim, aumentar o bom e promover bem-estar.
Entre os grãos mais consumidos e indicados para promover qualidade de vida, estão a chia, linhaça e grão de bico. Além de saborosos, ajudam a reduzir os níveis de colesterol ruim e aumentar o bom, proporcionam mais saúde ao coração e auxiliam no controle da pressão arterial.
Estes alimentos são ricos em ômega-3 e 6 e ácidos graxos que ajudam a combater o colesterol, pois diminui as chances de acumular gordura nas artérias. Dados do Ministério da Saúde informam que 30% da população tem uma alta dose de colesterol, o que representa mais de 77 milhões de pessoas. A nutricionista Daísa Pinhal, destaca que “o consumo de alimentos específicos, juntamente com hábitos saudáveis, beneficiam a redução do colesterol “ruim” e o aumento do “bom”. Por isso a importância se introduzir os grãos na alimentação.”
Uma dica prática é preparar um mix de grãos e levar em um potinho ao escritório. Misturar aveia em floco com chia, quinoa e linhaça, por exemplo, é ótimo e vai super bem com frutas e iogurte. A quantidade de cada grão pode ser determinada de acordo com o paladar da pessoa. Dessa forma, fica mais fácil e saboroso e ninguém se esquece de consumi-los.
Outra forma de consumo é misturar os grãos na hora de preparar os alimentos. Acrescentar aveia a um pão feito em casa, linhaça ao molho da salada e, até mesmo, a chia em bolos ajudam a acrescentar saúde e sabor aos alimentos. Além disso, é uma maneira fácil de fazer com que a família consuma estes alimentos de forma saborosa e prática.
Os grãos fazem parte do grupo dos carboidratos, que fornecem energia ao corpo. Neste grupo estão presentes os cereais (arroz, grãos, trigo, milho e aveia), os tubérculos (batatas, mandioca e mandioquinha) e os açúcares (mel e frutose). As nutricionistas indicam o consumo diário de 5 a 9 porções deste grupo. Cada porção tem em média, 100g.

Muffin de banana com chia
Ingredientes:
2 colheres (sopa) de farinha de linhaça
2 xícaras (chá) de farinha de trigo integral
1 xícara (chá) de aveia em flocos
1 ½ colher (chá) de bicarbonato de sódio
¼ colher (chá) de sal
1 colher (chá) de canela em pó
½ colher (chá) de gengibre em pó
3 bananas maduras
250 ml de leite de aveia
½ xícara (chá) de óleo de coco
1 xícara (chá) de açúcar demerara
1 colher (chá) de essência de baunilha
3 colheres (sopa) de chia

Modo de preparo:
Misture a farinha de linhaça com 3 a 4 colheres (sopa) de água quente. Reserve. Em outro bowl, junte a aveia, a farinha de trigo integral, o bicarbonato de sódio, sal e gengibre. Reserve. No liquidificador bata as bananas, o leite de aveia, o óleo de coco, o açúcar demerara e a essência de baunilha. Adicione a chia e mexa. Coloque a
massa nas forminhas e asse por 25 minutos em forno preaquecido. Polvilhe a aveia.

Salada coração saudável
Ingredientes:
3 xícaras de chá de grão-de-bico
1 cenoura cortada em rodelas
1 talo de salsão picado
4 colheres de salsinha picada

Molho:
1 cebola picada
4 colheres de água
2 colheres de azeite de oliva
3 colheres de vinagre branco
2 colheres de mostarda
Sal a gosto

Modo de preparo:
Deixe o grão-de-bico de molho de um dia para o outro. Cozinhe-o com a cenoura até ficarem macios. Escorra e reserve. Prepare o molho: coloque todos os ingredientes no liquidificador e bata bem. Em uma travessa, arrume o grão-de-bico no meio e as rodelas de cenoura em volta. Distribua por cima o salsão e a salsinha. Regue com o molho e sirva.



quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

SAÚDE



Novo diagnóstico de 
doença renal crônica
será mais rápido e fácil.

Pesquisadores desenvolvem novo método de análise


Projeto desenvolvido por pesquisadores da UFSCar, USP e Unesp criou um dispositivo para diagnóstico de doença renal crônica a partir da deteção de biomarcadores, que são estruturas biológicas ou químicas presentes no organismo que indicam, por exemplo, anormalidades e patologias. A principal vantagem do método é realizar a análise de maneira mais rápida e fácil.

Dentre os pesquisadores da UFSCar, a equipe conta com a participação dos professores Francis de Morais Franco Nunes e Flavio Henrique Silva, do Departamento de Genética e Evolução, e Paulo Teixeira Lacava, do Departamento de Morfologia e Patologia, o aluno do Programa de Pós-Graduação em Genética Evolutiva e Biologia Molecular Celio Dias Santos Júnior, e os graduandos em Biotecnologia Matheus Pedrino Gonçalves, Guilherme Engelberto Kundlatsch, Mariana Trevisan, Jonathan Ballico de Moraes, Brenda Clara Moreira e Luciano Zane Filho. A partir dos conceitos de Biologia Sintética, que se baseiam na criação de máquinas geneticamente modificadas, os pesquisadores desenvolveram o projeto “Kidney sensing - toward a bacterial biosensor engineered for early stages chronic kidney disease”, que apresenta um sensor biológico que pode diagnosticar doença renal crônica em seus estágios iniciais de uma forma inovadora, rápida, simples e confiável.

Atualmente o diagnóstico de disfunções renais crônicas utiliza como biomarcador creatinina. No entanto os níveis dessa molécula são influenciados por fatores como idade, massa muscular, nutrição e etnia. O diagnóstico só é possível em estágios mais avançados da doença. A proposta da equipe é utilizar outra proteina, a Cistatina C, como biomarcador, pois não é influenciada por estes fatores e permite um diagnóstico mais precoce. "O primeiro passo foi o design de um circuito genético que, pelo menos em teoria, fosse capaz de funcionar em um microrganismo, executando uma determinada tarefa. Neste caso, o microrganismo que usamos foi a bactéria Bacillus subtilis, cuja função era detectar os níveis de uma proteína sanguínea, a Cistatina C (Cys C), e distinguir entre os níveis normais de pessoa sadia e anormais de um paciente com doença renal da Cys C quando o sangue do indivíduo fosse colocado em contato com a bactéria", explica o professor Francis.

O projeto também conta com o desenvolvimento de um dispositivo de fácil aplicação com os reagentes necessários, capaz de tornar a tecnologia acessível à população em geral. "Além da construção do circuito genético na bactéria, foi necessário o desenvolvimento de microfluídica, a modelagem matemática (previsão do funcionamento do circuito genético no ser vivo por meio de equações matemáticas), artes e design, programação (computação) etc. Não há mais como enxergar a Biologia, a Matemática, a Química e a Física como áreas separadas. A ciência não pode mais ser feita fragmentada em áreas", complementa o docente.

O professor Francis explica que os biossensores e biodetectores bacterianos têm sido desenvolvidos para as mais diversas finalidades, apresentando um imenso potencial, desde a área de biorremediação até o diagnóstico de doenças. "A criação de máquinas geneticamente modificadas usando ferramentas de Biologia Sintética é uma grande revolução que já começa a ser sentida em todo o mundo, impactando diretamente as mais diversas áreas da sociedade", avalia o docente.

A equipe Brasil-SP apresentou o projeto no
International Genetically Engineered Machine (iGEM), competição internacional originada no Massachusetts Institute of Technology (MIT) e sediada em Boston (EUA), e conquistou a medalha de bronze. O objetivo da competição é incentivar o avanço de pesquisas na área de Biologia Sintética, que se baseia no desenvolvimento de circuitos e máquinas geneticamente modificados que possam ser inseridos em micro-organismos e alteram seu funcionamento, com a criação de novas vias metabólicas. A iGEM ocorreu entre os dias 30 de outubro e 3 de novembro e contou com a participação de 245 equipes de universidades e instituições de pesquisa reconhecidas pelo alto nível de pesquisas, como Harvard, Yale, MIT, Stanford, Oxford, Cambridge, dentre outras. "O mais importante foi a oportunidade de participar de um evento desse porte, que abre horizontes na formação dos estudantes, e na melhoria do ensino e da pesquisa no Brasil.

Durante o evento, foi possível trocar experiências e conhecimento com diversos pesquisadores do mundo todo, conhecer a realidade que cada um vive, as diferentes técnicas utilizadas em seus laboratórios. Foi uma experiência que nos inspirou a nos empenharmos ainda mais neste novo campo, e também em busca de medalhas de prata ou ouro para 2015", analisa o professor Francis. A equipe também recebeu um prêmio adicional pela participação no Interlab Study in the Measurement Track, que reuniu mais de 40 times para comparar os resultados de medição acerca do funcionamento de algumas partes de DNA padrão. Na ocasião, a Brasil-SP foi reconhecida pela utilização de técnicas diferenciadas de medição.

Mais informações sobre as pesquisas desenvolvidas pela equipe Brasil-SP podem ser obtidos na
pagina do grupo ou pelo email francis.nunes@ufscar.br.
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