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terça-feira, 19 de julho de 2011

ERVAS E CHÁS


Para todas as horas e fins, a bebida ideal.

Comecemos pelo chá da flor de hibisco.
Combinado a uma alimentação saudável, pode eliminar até cinco quilos em apenas um mês. “A bebida auxilia na redução de gordura, na digestão, regulariza o intestino e ainda combate a retenção de líquidos, o que facilita o emagrecimento”, explica a nutricionista e fitoterapeuta Vanderli Marchiori, de São Paulo.

Além disso, a bebida é muito rica em flavonóides, uma poderosa substância antioxidante, que combate os radicais livres, protegendo o coração de doenças e a pele do envelhecimento. 
Para aproveitar as propriedades, consuma o chá de hibisco quatro vezes ao dia, sempre entre as refeições. O produto pode ser comprado desidratado aqui.
Não há contra-indicações ou efeitos colaterais. Porém, mulheres grávidas e que amamentam devem consultar um médico. Faça também uma alimentação balanceada, como a dieta proposta pela nutricionista Roseli Ueno. “Só é possível emagrecer e manter-se magra com reeducação alimentar”, diz Roseli. Siga o cardápio até atingir o peso desejado.
Como fazer o chá?
Prepare a bebida na proporção de uma colher de sopa cheia de hibisco para um litro de água. Ferva por cinco minutos. Depois, abafe o líquido por mais dez minutos e coe. Pode ser tomada quente ou fria. A nutricionista Neide Rigo, de São Paulo, ensina a incrementar o chá. Ferva, em 1 litro de água, 5 ou 6 hibiscos desidratados, 3 rodelas de maçã, 1 canela em pau e 2 cravos-da-índia por três minutos.
A nutricionista recomenda a quem quer perder peso, evite usar muito sal. Esse tempero contribui para o corpo reter líquido. Use ervas e especiarias como orégano, salsa e alecrim.Não abuse de carboidratos refinados (arroz branco, pão, macarrão e biscoito feitos com farinha branca). Prefira as versões integrais, que garantem saciedade por mais tempo.Tome o chá entre as refeições, principalmente na hora que bater aquela vontade de atacar a geladeira. A bebida engana a fome! Diferentemente do chá verde, a infusão da flor é saborosa. Tente ingeri-la sem adoçar. Não consegue? Ponha pequenas quantidades de mel ou de açúcar mascavo. Ou ainda de edulcorante natural (stevia ou frutose).
Chás não prejudicam a saúde
Ervas servem para desintoxicar, desinchar, acelerar o metabolismo, baixar a ansiedade e queimar gordurinhas. Aprenda a combiná-las para emagrecer rapidinho, sem passar fome. A jornalista Eliane Contreras escreve no portal Boa Forma que foi atrás de novas ervas que realmente funcionam, sem prejudicar sua saúde e com o aval de estudos de especialistas no assunto.

Ela relaciona um número maior de plantas que têm o poder de acelerar o emagrecimento. Todas elas testadas e aprovadas pelo médico ortomolecular e nutrólogo Gino Bruno Françozo, da Clínica Unique System, em Americana (SP), que, em parceria com o botânico Walter Accorsi, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq-USP), em Piracicaba (SP), também dividiu-as de acordo com a ação no organismo.

Use ervas variadas 
Daí a classificação de cinco grupos: emagrecedoras, calmantes, digestivas, diuréticas e desintoxicantes. “Dificilmente o peso extra está relacionado apenas a um problema. Então, a recomendação é usar ervas de grupos diferentes numa mesma infusão, atacando as gordurinhas por todos os lados”, diz Gino.

Seis xícaras diárias. Essa é a medida de chá recomendada nesta dieta. Mas, se você quiser mais, fique à vontade! O importante é não deixar de ingerir uma xícara de cinco a dez minutos antes de cada refeição, incluindo café da manhã, ceia e lanche. Dessa forma, além do efeito terapêutico da erva, o chá dá uma sensação de saciedade, amenizando a fome, o que facilita controlar a quantidade de comida colocada no prato.

Quantas ervas usar no chá? Pode ser uma, duas ou todas de um mesmo grupo (veja abaixo). Também é permitido combinar ervas de grupos diferentes. No caso de você ter retenção hídrica e intestino preso, por exemplo, faça um mix de ervas diuréticas e digestivas. Alfafa e hortelã, segundo o doutor Gino, são curingas – desintoxicante e aromática, respectivamente, merecem entrar em todas as combinações. Ele divide as ervas em grupos de acordo com os princípios ativos e sua ação no organismo.

Beba 6 xícaras por dia, no mínimo

Diuréticas: o fim da retenção hídrica. Agem nos rins e no córtex da glândula supra-renal, inibindo a produção do hormônio cortisona, que bloqueia a perda de peso ou, pior, engorda. Ervas: cavalinha (Equisetum arvense), dente-de-leão (Taraxacum officinalis), cabelo-de-milho (Zea mays), sabugueiro (Sambucus nigra), abacateiro (Persea americana), quebra-pedra (Phyllantus niruri) e salsa (Petroselium sativum).

Digestivas: intestino regulado e barriga lisinha. Contêm substâncias que atuam no fígado, onde é fabricada a bílis, que dissolve a gordura em moléculas menores, facilitando sua absorção pelo intestino. Ervas: hibisco (Hibiscus sabdariffa), cáscara- sagrada (Rhamnus purshiana), zedoária (Curcuma zedoaria), psilium (Plantago psyllium) e fucus (Fucus vesiculosus).

Calmantes: ansiedade sob controle. Agem no sistema nervoso central, acalmando e baixando a ansiedade, que costuma desencadear a compulsão à comida. Ervas: alecrim (Rosmarinus officinalis), hortelã (Mentha piperita), capim-limão (Cymbopogon citratus), camomila (Matricaria chamomile), melissa (Melissa officinalis), jasmim (Jasminum officinalis), mulungu (Erythrina mulungu) e aniz (Pimpinella anisum).

Desintoxicantes: operação limpeza. O principal papel destas ervas é captar as toxinas do organismo, eliminando-as por meio da urina, das fezes e do suor e, com isso, colocando um fim no desequilíbrio que ocasiona o aumento de peso.. Ervas: alfafa (Medicago sativa), salsaparrilha (Smilax sp), zedoaria (Curcuma zedoaria), chá-verde (Camelia sinensis), espinheira-santa (Maytenus ilicifolia), bardana (Arctium lappa).

Emagrecedoras: ação dissolve gordura. Têm princípios ativos que agem nos rins, no fígado e, principalmente, no intestino.
Ervas: alfafa (Medicago sativa), cavalinha (Equisetum arvense), cana-do-brejo (Costus spicatus), graviola (Anona muricata), cabelo-de-milho (Zea mays), carqueja (Baccharis trimera), capim-limão (Cymbopogon citratus).


Preparar o chá é simples
Ferva a água, junte a erva desidratada e deixe levantar fervura. Desligue o fogo e abafe por dez minutos. Coe e beba quente, morno ou gelado, com ou sem adoçante. Para garantir o efeito medicinal e o sabor, use 1 colher de sopa de erva para 1 litro de água. No caso do mix, a recomendação é 1 colher de sopa de cada erva para a mesma quantidade de água. 


O que você deve evitar para potencializar a dieta

01. Combinar dois tipos de carboidrato numa mesma refeição, como arroz e  batata.
02. A única parceria permitida é o arroz e feijão. Afinal, a dupla é típica no prato do brasileiro.
03. Usar muito sal. Esse tempero deve ser praticamente descartado, pois faz o corpo reter líquido.
04. Prefira ervas e especiarias como orégano, alecrim, salsa, dill.
05. Consumir alimentos refinados (arroz, pão, macarrão e biscoito feitos com farinha branca). Eles são rapidamente absorvidos pelo organismo, estimulando o pâncreas a liberar muita insulina – hormônio que contribui para o acúmulo de gordura.
06. Comer e dormir. Espere pelo menos uma hora e meia depois do jantar para ir   se deitar.
07. Ingerir bebida alcoólica, pois é muito calórica.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

MEDICINA NATURAL


A BANANA VERDE COMO AUXILIAR NA PREVENÇÃO E COMBATE AO DIABETES

Uma tese de doutorado, uma dissertação de mestrado e a cooperação entre pesquisadores brasileiros, mexicanos e grupos de pesquisa ibero-americanos mostram que a ciência caminha a passos rápidos para buscar soluções a deficiências do corpo em produtos cada vez mais presentes na vida das pessoas. Os estudos sobre a banana verde, orientados pela pesquisadora Elizabete Wenzel Menezes, do Departamento de Alimentos e Nutrição Experimental, da Universidade de São Paulo (USP), chegaram a resultados que poderão auxiliar na prevenção de doenças como o diabetes.
Os trabalhos orientados pela pesquisadora receberam apoio do Programa Ibero-americano de Ciencia y Tecnología para el Desarrolo (CYTED), um ação de cooperação científica e tecnológica internacional do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). O primeiro foi a tese de doutorado da pesquisadora Giselli Helena Cardenetti, que estudou Produtos derivados de banana verde (Musa spp.) e sua influência na tolerância à glicose e na fermentação colônica. O outro é a dissertação de mestrado da pesquisadora Milana Cara Tanasoy Dan sobre os Efeitos dos carboidratos de lenta digestão de banana/plátano verde sobre parâmetros do intestino grosso de ratos. Ambos trabalhos foram defendidos na Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP, pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências dos Alimentos, em 2006 e 2007, respectivamente.
As pesquisas com a banana verde indicam que "os carboidratos não-disponíveis presentes na banana verde exercem efeitos positivos sobre a fisiologia do intestino grosso de animais, apontando a possibilidade de utilização dessa matéria-prima na elaboração de alimentos voltados para a prevenção de determinadas doenças crônicas não-transmissíveis", explica a professora Elizabete Menezes.

Farinhas de banana
Os estudos basearam-se em duas amostras de farinhas, feitas a partir do tratamento da banana verde. A primeira farinha foi feita de Amido Isolado de Banana Verde (ABV), obtido de uma planta piloto do México com o fruto local chamado "plátano". A segunda foi feita a partir de uma Massa de Banana Verde (MBV), variedade Nanicão, obtida após cozimento em água e com casca, descascada, homogeneizada e seca. "Tratam-se de farinhas de banana verde com tratamentos específicos e não de bananas in natura", explica Elizabete Menezes.
Com estas farinhas, as pesquisadoras elaboraram rações e administraram em animais, no caso ratos machos Wistar, por 28 dias. "Os efeitos fisiológicos das rações foram avaliados por curvas de resposta glicêmica, teste de tolerância à glicose (TTG) e perfil de fermentabilidade in vivo. Paralelamente, foi realizada análise histológica de tecido do ceco dos animais para avaliação da proliferação celular", completou a pesquisadora.
Sobre as rações, as pesquisadoras avaliaram suas concentrações de Amido Resistente, Fibra Alimentar e Fração Indigerível e determinaram o perfil de fermentação in vitro no laboratório. Ambas apresentaram alta concentração de carboidratos não-disponíveis, aqueles que o organismo não consegue digerir e absorver naturalmente, diferentes em quantidade e qualidade, mas com alta fermentação. "Esta alta fermentabilidade foi evidenciada pelo aumento da produção de ácidos graxos de cadeia curta (AGCC) e diminuição de pH tanto in vitro ou in vivo", adiantou Elizabete.
Segundo a pesquisadora, a avaliação dos resultados mostrou efeitos tróficos para o intestino grosso dos animais. "Estas rações, com alta concentração de carboidratos não-disponíveis e fermentáveis, proporcionaram menor secreção de insulina pelas ilhotas pancreáticas dos animais, bem como redução nos níveis de insulina plasmática para manter glicemias semelhantes", finaliza.

Teste em humanos
O projeto caminhará agora para uma avaliação de forma mais detalhada e ampla da potencialidade da farinha da banana verde como um ingrediente funcional, com ensaios clínicos em humanos. Segundo a pesquisadora Elizabete Menezes, o projeto tecnológico para produção da farinha, em escala piloto, já foi padronizado e os ensaios clínicos com humanos já foram validados em outros projetos do grupo e estão sendo iniciados no Laboratório de Química, Bioquímica e Biologia Molecular da Faculdade de Ciências Farmacêuticas, da Universidade de São Paulo.

Cooperação internacional
O estudo desenvolvido pelas pesquisadoras faz parte do projeto Composição, Estrutura, Propriedades Biológicas de Carboidratos e sua Utilização em Alimentos, apoiado pelo CYTED e CNPq, com a coordenação internacional do professor Franco M. Lajolo e com a nacional da professora Elizabete Menezes. O projeto, finalizado em 2006, teve como meta o estudo de fontes regionais de carboidratos e contou com o apoio de grupos de pesquisa ibero-americanos, os quais possibilitaram a troca de informações científicas e de métodos analíticos entre os grupos e o estudo realizado no Brasil, além do fornecimento de farinhas produzidas por outros países.
Um dos produtos de banana estudados, o amido isolado de plátano verde, foi elaborado e fornecido pelo Instituto Politécnico Nacional, da cidade de Yautepec, do Estado de Morelos (México).
Atualmente, a pesquisa que está em andamento, com apoio do Programa CYTED, do CNPq, e dará continuidade aos resultados obtidos com os animais no estudo sobre a banana, passando para a realização de estudos clínicos em indivíduos saudáveis, é o projeto Bases Científicas e Tecnológicas para Produção de Alimentos Funcionais a partir de plátano/banana verde, coordenado internacionalmente pelo professor Franco Lajolo e nacionalmente também pela professora Elizabete Menezes.
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