Comer nozes todo
dia pode aumentar a longevidade
Estudo
da Universidade Harvard mostrou que pessoas que consomem alimentos como nozes,
amêndoas e avelãs tendem a viver por mais tempo
Comer
uma porção de nozes, castanhas, amêndoas, avelãs e outras sementes oleaginosas
todos os dias pode ser um dos segredos para a longevidade. Um estudo feito na
Universidade Harvard, nos Estados Unidos, descobriu que pessoas que têm esse
hábito desfrutam de uma melhor qualidade de vida do que aquelas que nunca
consomem esses alimentos. Elas também costumam viver por mais tempo e correr
menos risco de morrer por causas como câncer e doenças cardíacas e
respiratórias. A pesquisa foi publicada nesta quinta-feira na revista The
New England Journal of Medicine.
O
estudo se baseou nos dados de quase 120 000 pessoas que foram acompanhadas
durante 30 anos. Os pesquisadores dividiram os participantes em grupos de
acordo com a frequência com que comiam frutos como nozes – desde indivíduos que
nunca consumiam até aqueles que ingeriam todos os dias.
De
acordo com as conclusões, o risco de as pessoas que mais consumiam oleaginosas
morrerem durante o estudo foi 20% menor do que o daquelas que nunca comiam
esses alimentos. A prevalência de morte prematura também foi menor entre esses
participantes. O resultado pode ser explicado também pelo fato de que as
pessoas que mais comiam nozes praticavam mais atividade física, eram mais
magras e não fumavam.
Os
pesquisadores explicam que consumir oleagionosas ajuda a reduzir os
níveis do colesterol “ruim” (o LDL) e a controlar a pressão arterial, inclusive
em situações de stress.
Segundo
os autores, muitas pessoas temem consumir esses frutos pelo seu alto teor de
gordura. Diversos estudos, no entanto, mostraram que quem consome
oleagionosas com maior frequência é menos propenso a ganhar peso. “As nozes
contêm gorduras saudáveis e são ricas em proteínas e fibras, o que retarda a
absorção dos alimentos e diminui o apetite”, diz Frank Hu, professor de
nutrição e epidemiologia da Faculdade de Saúde Pública de Harvard e coordenador
da pesquisa.
Pessoas que
comem nozes e castanhas todo dia vivem mais e são mais magras
Pessoas
que consomem uma porção diária de oleaginosas, como castanhas e nozes, têm uma
redução de 20% no risco de morrer de qualquer doença e ainda tendem a ser mais
magras.
É
o que mostra um estudo conduzido por cientistas do Instituto de Câncer
Dana-Farber, do Brigham and Women’s Hospital, e da Escola de Saúde Pública de
Harvard, nos EUA. Os resultados estão no periódico New England Journal
of Medicine.
Trata-se
do maior trabalho desse tipo já publicado: os pesquisadores analisaram dados de
76.464 mulheres no período de 1980 a 2010 e de 42.498 homens entre 1986 to
2010.
“O
benefício mais óbvio foi a redução em 29% de mortes decorrentes de doenças do
coração”, afirmou o médico Charles Fuchs, do Dana-Farber, um dos autores do
trabalho. “Mas também observamos uma redução significativa – de 11% – nas
mortes por câncer.”
Os
pesquisadores não conseguiram determinar quais os tipos de oleaginosa mais
benéficos à saúde – a redução na mortalidade foi similar entre consumidores de
amendoim, castanha de caju, castanha do Pará, macadâmia, pistache, noz comum e
noz pecan.
Estudos
anteriores já tinham associado o alto consumo de oleaginosas à diminuição do
risco de doenças como diabetes tipo 2, câncer de cólon, cálculo biliar e
doenças do coração. O fato também foi ligado à redução do colesterol, do
estresse oxidativo e dos níveis de inflamação, adiposidade e resistência à
insulina. Mas nenhum deles envolveu tanto tempo e um número tão grande de
pessoas.
Os
pesquisadores usaram duas grandes bases de dados em que os participantes
respondiam questionários sobre hábitos alimentares e saúde em intervalos de
dois a quatro anos. A porção de oleaginosas declarada por eles era de mais ou
menos 29 gramas, quantidade que geralmente é oferecida em saquinhos vendidos em
máquinas nos EUA. Quanto mais frequente era o consumo, maiores os benefícios
notados.
Uma
análise mais detalhada permitiu concluir que os consumidores de oleaginosas têm
características que também contribuem para a redução de doenças: eles são mais
magros, menos propensos a fumar e a beber, se exercitam mais, consomem mais
frutas e verduras e usam suplementos. Mas os resultados foram confirmados mesmo
com esses fatores isolados na análise.
Os
autores avisam que o estudo não tem como comprovar causa e efeito. Mas lembram
que a conclusão é compatível com outros estudos que mostram os benefícios do
consumo de oleoginosas.
Fonte:
Veja
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